quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Os diversos tipos de manutenção: preventiva, corretiva e preditiva

Quando um equipamento quebra é precisa sair correndo atrás de “alguém” para consertar. Se for um micro, então, o desespero é total: “não posso ficar sem ele! TUDO o que tenho está lá!!!!”

Este é um exemplo típico de uma “manutenção corretiva”, onde o conserto é feito depois que o defeito se manifestou. Mas esta situação está longe de ser a ideal. O certo é o técnico de manutenção (e o usuário do equipamento) ter um plano para manter o equipamento sempre em ordem e evitar surpresas.

O ideal, portanto, é fazer uma manutenção corretiva quando tiver acontecido realmente um acidente, um desastre, isto é, algo não previsível. É a mesma coisa que você usar um carro sem fazer as manutenções e ficar “surpreso” quando um belo dia ele te deixa na mão. Assim como o carro, os equipamentos de informática também precisam de manutenção rotineira, justamente para que seu usuário não seja pego de surpresa e tenha que sair correndo atrás do prejuízo.

Você já deve ter percebido, portanto, que existem diversos tipos de manutenção. Sendo mais específico, existem três tipos de manutenção: preventiva, corretiva e preditiva. Vejamos em detalhes:

Manutenção Corretiva

Este é o tipo mais comum aqui no Brasil, notadamente entre os usuários domésticos, mas também existe muita empresa por aí que usa seus equipamentos até eles chegarem “no osso”. E geralmente não têm um plano de emergência ou um equipamento substituto, quando o problema aparece é um corre-corre…
A manutenção corretiva acontece porque o equipamento quebrou de vez ou deixou de funcionar de acordo com o esperado, aí então é preciso acionar o profissional de manutenção para “dar um jeito” na situação. O interessante é que, aparentemente, os equipamentos quebram quando mais se precisa deles. Por isto, o ideal seria que a manutenção corretiva acontecesse raramente, ou seja, deveria ser realmente um acidente.

Para tanto, é preciso caprichar na manutenção preventiva, até porque uma manutenção corretiva geralmente sai mais caro, pois um componente que vai ficando defeituoso acaba forçando as demais partes do equipamento. No caso dos computadores, por exemplo, uma fonte de alimentação cuja ventoinha começa a fazer barulho. O usuário do micro acaba se acostumando com o barulho e vai levando. Só que a ventoinha ruim acaba prejudicando o funcionamento da fonte, esta começa a diminuir sua eficiência, gasta mais energia e começa a não regular adequadamente a energia que vai para a placa-mãe. Esta começa a sofrer com a alimentação ruim, e vai ter sua vida útil encurtada, e assim por diante. Aquela mera ventoinha poderia ter sido trocada logo, aumentando em alguns anos a vida útil do micro.

Manutenção Preventiva

É o procedimento mais barato e garantido, ou seja, corrigir os defeitos antes que se manifestem ou logo que comecem a se manifestar, para causar danos menores. Voltando ao exemplo do carro: não é muito melhor trocar o óleo do motor, a correia dentada e as pastilhas de freio antes que o motor pare ou que o carro se espatife num muro por falta de freio?

Num computador e em qualquer outro equipamento é a mesma coisa. A vantagem de manutenção preventiva é que ela pode ser programada, assim o dono do equipamento não é pego de surpresa. Os procedimentos de manutenção preventiva podem evitar a maior parte dos defeitos dos equipamentos diminuindo ao máximo as manutenções corretivas, que são de longe as mais caras e prejudiciais para quem depende do equipamento.

Manutenção Preditiva

É uma variação da manutenção preventiva, onde os componentes são trocados ou verificados antes que apresentem qualquer defeito. Isto é feito com base em estudos que determinam o MTBF, termo inglês que é uma abreviação de “Maximum Time Between Failures”, ou seja “Tempo Máximo Entre Falhas”.

Como funciona isto? Digamos que os estudos feitos por um fabricante ou empresa especializada indiquem que determinado modelo de disco rígido tem a vida útil estimada em 10.000 horas MTBF. Se ele trabalha 10 horas por dia, isto significa que ele vai durar 1.000 dias ou aproximadamente 3 anos, considerando-se os dias parados. Assim, estes HDs devem ser trocados, por medida preditiva, no máximo cada 3 anos, mesmo que aparentemente estejam funcionando bem. Falando em linguagem popular, seria algo assim: - “Veja bem… este negócio já está pra pifar, é melhor trocar logo…”

O caso dos discos rígidos é típico da falta de atenção com a manutenção. A maioria dos usuários, domésticos e empresariais, só trocam um HD quando ele deixa de funcionar. Mas estes componentes “avisam” bem antes que estão para falhar, aumentando sensivelmente o nível de ruido e começando a apresentar falhas, que vão se avolumando até quebrar por completo. Muita gente confia muito, também, nos HDs e os usa durante anos a fio, e ficam bravos quando perdem tudo o que tinham no HD. Ora essa…

Os procedimentos de manutenção podem se classificar ora como manutenção preventiva, ora como corretiva. O importante mesmo é o técnico de manutenção não se perder, precisa saber exatamente o que está fazendo e seguir uma metodologia. São muitos detalhes a serem lembrados, por isto é importante ter uma seqüência lógica e bem treinada, ensaiada mesmo, para não esquecer de nada.

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