A diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou em 25/8/09 as regras para o uso da tecnologia conhecida como “Power Line Communication” (PLC) no país. Este sistema utiliza a rede de energia elétrica como meio de transporte de sinais de internet, vídeo e voz. Com isto, as tomadas de sua casa poderão servir para ligar uma televisão e e ser, ao mesmo tempo, ponto de internet. Espera-se que haja mais concorrência, preços mais baixos e disponibilidade de internet em locais onde ela hoje ainda não chega.
As concessionárias de energia elétrica não poderão explorar elas mesmas o serviço, mas podem criar subsidiárias para entrar neste ramo de negócio que enfrentará diretamente as empresas de telefonia e de TV a cabo atuais. Assim que implantado, o novo sistema permitirá o acesso à internet e à TV por assinatura por meio da rede elétrica. A grande vantagem é que esta rede já está presente na maior parte das cidades e residências do Brasil. Qualquer ponto de energia poderá ser também uma tomada para ligar o eletrodoméstico e, simultaneamente, um ponto de rede de dados para a provedora de internet ou TV por assinatura.
Espera-se que os consumidores de telecomunicações sejam beneficiados, uma vez que o uso de redes existentes evita custos com implantação de novas infra-estruturas e necessita de poucos investimentos. Outro benefício esperado pelo governo é a utilização da rede elétrica para a inclusão digital, pois a penetração do serviço de energia elétrica é maior que o de telecomunicações
Entretanto, o serviço não estará disponível de imediato, o início das operações em cada região depende das distribuidoras. Segundo as regras do setor elétrico, as concessionárias só podem prestar serviços de distribuição de energia e não podem operar diretamente os serviços de internet. Se optarem por entrar no negócio, terão de criar uma subsidiária com esta finalidade.
De acordo com a Aneel, a medida representará redução de custos aos consumidores, pois estes poderão contar com a “apropriação” de parte dos “lucros adicionais” obtidos por meio da cessão das instalações de distribuição, em benefício do estabelecimento de tarifas mais baixas.
Os preços e velocidade desse serviço ainda não estão definidos. Testes já realizados no país mostram que a conexão pode chegar a 21 megabits por segundo (Mbps) mas essa velocidade não será, provavelmente, repassada em sua totalidade para os consumidores.
Para adotar essa alternativa, os futuros usuários de BPL não precisarão fazer substituições no sistema elétrico, a não ser que ele já esteja bastante deteriorado. O único investimento extra necessário para esse ter acesso ao sistema é a compra ou aluguel do modem BPL. Este é um aparelho com visual parecido ao de uma fonte para carregar bateria de notebooks, e serve para levar a conexão da tomada até o computador ou roteador local.
Como funciona a internet pela rede elétrica
A tecnologia BPL (“Broadband Power Line”) também conhecida como PLC (Power Line Communications) ou DPL (“Digital Power Line”) não é nova, sua pesquisa remonta há mais de uma década. A novidade é sua utilização na transmissão em alta velocidade, o que abre caminho para que aplicações mais sofisticadas — como Internet em banda larga e video-conferência — estejam disponíveis em qualquer tomada elétrica nas residências e prédios comerciais
A topologia da rede BPL (ou PLC) é a mesma da rede de distribuição de energia elétrica. Divide-se essencialmente em duas áreas:
• Rede elétrica de distribuição pública, e
• Rede particular.
A rede pública contém toda a infra-estrutura entre o ponto de transformação da energia e a entrada dos edifícios. Já a rede particular representa todas as instalações elétricas no interior dos prédios e residências.
Um equipamento denominado “Modem BPL” é conectado entre a tomada elétrica e um outro equipamento, por exemplo um computador. Normalmente o Modem BPL é externo, de dimensões reduzidas, protegido eletricamente — com isolamento adequado para evitar choques nos usuários — e seu consumo de energia é muito baixo, na ordem de 9W, o que representa um consumo aproximado de 28,8 kWh/mês.
Na rede elétrica externa ao prédio, próximo do transformador de energia da concessionária local, é instalado um outro equipamento chamado “Master BPL”, também chamado “Head End Router” (“Roteador Principal Final”) ou “Roteador Injetor de Sinais”, que tem a função de se comunicar com todos os Modems BPL que enviam seus sinais através da rede elétrica. No equipamento Master BPL também é conectado o circuito para interligação aos serviços de comunicação (provedor de Internet, por exemplo).
A partir do Master BPL (instalado junto ao transformador) o sinal BPL é injetado nos fios elétricos. Assim, todos os consumidores que estiverem ligados no circuito elétrico deste transformador recebem o sinal BPL em todas as tomadas da residência ou escritório. Os sinais BPL são modulados entre 1,6MHz e 40MHz dependendo do equipamento e fabricante, mas todos os sistemas ocupam o espectro de freqüências de HF (ondas curtas).
Vale ressaltar que os sistemas BPL foram projetados originalmente para trafegar informações de diferentes origens nos circuitos de distribuição de energia de baixa e média tensão, atingindo distâncias de até 800m em média a partir do transformador, no sentido dos prédios e residências.
Votos de que seja o mais breve possível,e venha a facilitar a vida de milhares de brasileiros,ainda sem acesso à informação,que é um direito de todos!e claro de preferencia c/preços também acessível a todos.
ResponderExcluirNa verdade os preços já foram divulgados Cleber, o Win 7 Ultimate, deve vir a U$ 199.00 e o Win 7 Premium a U$ 149.00, um abraço.
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